Numa das lajes da Anta existe um buraco aberto a meia altura do chão, tendo um palmo em quadrado de diâmetro. por esse buraco que o Endre Idevor, interrogava os mortos sobre a sorte das batalhas. Em poucos dias Viriato chegou ao Castro da Colla. Já tinham chegado grande parte dos chefes entre eles, Tantalus e Punicos, os mais aguerridos e amigos de Viriato. Idevor já tinha colocado na pedra furada as oferendas do banquete funerário O conselho armado ali representado pelas tribos lusitanas tratavam de saber como se defenderem dos romanos que pretendiam vingarem-se de tantas derrotas que lhe infligiram. Idevor avançou para a pedra furada ajoelhou-se e interrogava os mortos colocando o ouvido no orifício da pedra. De repente quebra-se o silêncio e Idevor, falou: - Viriato! Viriato! Nunca serás vencido em batalha! Nunca morrerás às mãos dos Romanos. A satisfação dos presentes foi total.
- Os Romanos em vez de um general podem mandar dois para aguentarem melhor o peso da derrota disse Tantalus
- Mas, pelo seguro, a força do oráculo está numa boa espada – disse Punicus
Idevor pegou na espada de Viriato e disse: - Esta acabou o seu destino, as populações seguem-te, porque vêem em ti o restaurador da independência, da liberdade e do futuro glorioso da Lusitânia. Aqui na Anta da Candieira está guardada a espada maravilhosa e invencível, e serás tu que a mereces em defesa deste povo contra o invasor Romano. Nunca serás vencido. Dizendo estas palavras, Idevor meteu o braço pela pedra furada, e sacou com jeito pelo buraco da laje uma espada toda ela refulgia.
- Entrego-te a Espada invencível das batalhas, a Espada Gaizus
Viriato pegou na Espada, beijou-a e brandindo-a no ar, disse: - Há-de ser livre a Lusitânia Com a Espada Gaizus e o Colar dos três Crescentes que hoje usas és o nosso supremo chefe.
- Um viva por Viriato - disse Tantalus.
Viriato espetou a Espada Gaizus na terra, reunindo-se todos os guerreiros em volta e o Endre Idevor proferiu a Bênção da Espada.
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