Perante a informação recolhida de Tântalo, Viriato encarou-o com assombro, por ver que a infâmia de Quinto Cépio era idêntica a de Sérvio Galba.
- Ainda tenho a minha espada. - Disse Viriato
Aproximando de Lisia disse-lhe que tinha que partir, sem demora, para suster este perigo, e impedir a deslealdade do general romano
No seu caminho, Viriato verificou que multidões de gente foragida das cidades invadidas, saqueadas e incendiadas por Quinto Cépio.
A malvadez com que Cépio procedia contra as populações, chegando a mandar expor nas praças pregados em cruzes os lusitanos que lhe lembravam o Tratado de Paz violada, fez reflectir Viriato, sendo impossível organizar as forças para o enfrentar iria opor-se com a força moral.
-Quero lembrar a Quinto Cépio que temos um Tratado de Paz assinado pelo seu irmão Serviliano e ratificado pelo Senado de Roma. Que nós não o infringimos, e que acreditamos na fidelidade de Roma no cumprimento das lei. Que três dos meus leais companheiros lhe vão mostrar o Tratado de Paz, e declarar-lhe que à majestade dele entregamos a nossa defesa. E sereis vós, Ditalco, Andaca e Minuro, encarregados desta missão.
Transportando ramos de oliveira para se anunciarem e demonstrarem que iam em paz.
- Direis a que vindes – perguntou o soldado romano
- Envia-nos Viriato dizendo que recebeu de Roma o título de Amigo e é lhe impossível pegar amas
contra Roma, e lembra que existe um Tratado ratificado pelo Senado e pelo povo de Roma.
- Não posso ouvir falar nesse tratado assinado por meu irmão. Esse tratado nada vale para mim
- disse Cépio aparecendo junto aos soldados
- Violais então a autoridade de Roma? perguntou Andaca
- Os tratados só têm força que lhe dão as espadas, e digo-vos mais, que o Senado autorizou-me
hostilizar Viriato. Tenho aqui cartas de Roma dizendo-me para continuar a guerra da Lusitânia.
- Parece que assim, a nossa missão está terminada -disse Ditalco
- Não a considereis terminada – respondeu Quinto Cépio- Quereis paz na Lusitânia'
- Claro! respondeu Minuro
- A paz na Lusitânia, mas não a Paz com Viriato! - disse Cépio
O desafio estava lançado e os três lusitanos logo se aperceberam quais as intenções romanas.
- Roma carece de gente valorosa e com energia nestas terras. Roma encarregou-me de vos conferir o título de Cidadãos Romanos, as honras do Patriciado, com acesso altos cargos da República, e uma substancial quantia em sestércios, se...
- Efectivamente Viriato está-se a tornar-se um embaraço. Quando se chega a certa popularidade torna-se um perigo concordaram Andaca,Ditalco e Minuro.
Sem grandes demoras Quinto Cépio, retira o capacete da cabeça, deita três pedras, em que uma dizia “Morte” e cada um dos lusitanos tirou uma pedra. A sorte calhou a Minuro.
Era noite alta quando os três lusitanos regressaram, ao acampamento. Viriato sentia os passos dos seus companheiros, que se aproximavam silenciosamente da barraca. Minoro afastou o pano e entrou com um punhal atrás das costas. Viriato quis gritar mas Minuro rápido curvou-se sobre ele descarregando o golpe fatal. Feito o trabalho, os três traidores montaram os seus cavalos e saíram à desfilada para o acampamento romano.
- Viriato está morto, vimos buscar a recompensa – disse Minuro
Quinto Cépio olhou com indiferença e desprezo para aqueles homens e disse:
- Roma não tem por costume dar prémios a soldados que matam o seu general.
Andaca, Ditalco e Minuro, montaram a cavalo e desapareceram o mais rápido que foi possível do acampamento romano temendo por suas vidas. Mas as suas traições não ficaram impunes. Minuro não conseguiu resistir ao que tinha feito a Viriato e enforcou-se. Andaca e Ditalco foram apanhados por uns soldados lusitanos que saíram em sua perseguição e mataram-nos.
Viriato foi vestido com um fato de gala magnífico, amarraram-lhe os cabelos na testa, como se fosse entrar em combate, colocara na cabeça a tríplice cimeira e o capacete de couro, pendente do pescoço o pequeno escudo concavo, preso por correias, e numa das mãos a falcata.
Os soldados levaram-no para cima de um alto penhasco, grandes molhos de rama e pinheiro, de faias e carvalhos, formando uma pira e colocaram o corpo já rígido de Viriato. O fogo foi ateado enquanto danças guerreiras se faziam à volta da pira, batendo escudos e floreando as lanças.
O fogo foi rápido a devorar o corpo de Viriato para tanta vida de êxitos.
Lisia na Torre de Achale soube da morte do seu amado. Entregou a Espada de Viriato ao velho Endre Idevor, seu pai, caminhou resolutamente para o parapeito da torre e precipitou-se com toda a sua insondável amargura nas águas revoltas que na piedade imanente da sua natureza fizeram que o seu corpo não fosse profanado e nunca mais fosse visto.
- Ainda tenho a minha espada. - Disse Viriato
Aproximando de Lisia disse-lhe que tinha que partir, sem demora, para suster este perigo, e impedir a deslealdade do general romano
No seu caminho, Viriato verificou que multidões de gente foragida das cidades invadidas, saqueadas e incendiadas por Quinto Cépio.
A malvadez com que Cépio procedia contra as populações, chegando a mandar expor nas praças pregados em cruzes os lusitanos que lhe lembravam o Tratado de Paz violada, fez reflectir Viriato, sendo impossível organizar as forças para o enfrentar iria opor-se com a força moral.
-Quero lembrar a Quinto Cépio que temos um Tratado de Paz assinado pelo seu irmão Serviliano e ratificado pelo Senado de Roma. Que nós não o infringimos, e que acreditamos na fidelidade de Roma no cumprimento das lei. Que três dos meus leais companheiros lhe vão mostrar o Tratado de Paz, e declarar-lhe que à majestade dele entregamos a nossa defesa. E sereis vós, Ditalco, Andaca e Minuro, encarregados desta missão.
Transportando ramos de oliveira para se anunciarem e demonstrarem que iam em paz.
- Direis a que vindes – perguntou o soldado romano
- Envia-nos Viriato dizendo que recebeu de Roma o título de Amigo e é lhe impossível pegar amas
contra Roma, e lembra que existe um Tratado ratificado pelo Senado e pelo povo de Roma.
- Não posso ouvir falar nesse tratado assinado por meu irmão. Esse tratado nada vale para mim
- disse Cépio aparecendo junto aos soldados
- Violais então a autoridade de Roma? perguntou Andaca
- Os tratados só têm força que lhe dão as espadas, e digo-vos mais, que o Senado autorizou-me
hostilizar Viriato. Tenho aqui cartas de Roma dizendo-me para continuar a guerra da Lusitânia.
- Parece que assim, a nossa missão está terminada -disse Ditalco
- Não a considereis terminada – respondeu Quinto Cépio- Quereis paz na Lusitânia'
- Claro! respondeu Minuro
- A paz na Lusitânia, mas não a Paz com Viriato! - disse Cépio
O desafio estava lançado e os três lusitanos logo se aperceberam quais as intenções romanas.
- Roma carece de gente valorosa e com energia nestas terras. Roma encarregou-me de vos conferir o título de Cidadãos Romanos, as honras do Patriciado, com acesso altos cargos da República, e uma substancial quantia em sestércios, se...
- Efectivamente Viriato está-se a tornar-se um embaraço. Quando se chega a certa popularidade torna-se um perigo concordaram Andaca,Ditalco e Minuro.
Sem grandes demoras Quinto Cépio, retira o capacete da cabeça, deita três pedras, em que uma dizia “Morte” e cada um dos lusitanos tirou uma pedra. A sorte calhou a Minuro.
Era noite alta quando os três lusitanos regressaram, ao acampamento. Viriato sentia os passos dos seus companheiros, que se aproximavam silenciosamente da barraca. Minoro afastou o pano e entrou com um punhal atrás das costas. Viriato quis gritar mas Minuro rápido curvou-se sobre ele descarregando o golpe fatal. Feito o trabalho, os três traidores montaram os seus cavalos e saíram à desfilada para o acampamento romano.
- Viriato está morto, vimos buscar a recompensa – disse Minuro
Quinto Cépio olhou com indiferença e desprezo para aqueles homens e disse:
- Roma não tem por costume dar prémios a soldados que matam o seu general.
Andaca, Ditalco e Minuro, montaram a cavalo e desapareceram o mais rápido que foi possível do acampamento romano temendo por suas vidas. Mas as suas traições não ficaram impunes. Minuro não conseguiu resistir ao que tinha feito a Viriato e enforcou-se. Andaca e Ditalco foram apanhados por uns soldados lusitanos que saíram em sua perseguição e mataram-nos.
Viriato foi vestido com um fato de gala magnífico, amarraram-lhe os cabelos na testa, como se fosse entrar em combate, colocara na cabeça a tríplice cimeira e o capacete de couro, pendente do pescoço o pequeno escudo concavo, preso por correias, e numa das mãos a falcata.
Os soldados levaram-no para cima de um alto penhasco, grandes molhos de rama e pinheiro, de faias e carvalhos, formando uma pira e colocaram o corpo já rígido de Viriato. O fogo foi ateado enquanto danças guerreiras se faziam à volta da pira, batendo escudos e floreando as lanças.
O fogo foi rápido a devorar o corpo de Viriato para tanta vida de êxitos.
Lisia na Torre de Achale soube da morte do seu amado. Entregou a Espada de Viriato ao velho Endre Idevor, seu pai, caminhou resolutamente para o parapeito da torre e precipitou-se com toda a sua insondável amargura nas águas revoltas que na piedade imanente da sua natureza fizeram que o seu corpo não fosse profanado e nunca mais fosse visto.
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